sexta-feira, 26 de agosto de 2011


26.08.2011
Augustinho Moreira critica uso de avião particular por deputado

O deputado Augustinho Moreira (PV) reproduziu na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira (26/08), denúncia publicada pelo jornal O Estado de São Paulo e Agência Estado, apontando que o presidente da Câmara Federal, deputado Marcos Maia (PT-RS), estaria utilizando jatinhos da empresa de planos de saúde Unimed, em suas viagens. Para o parlamentar verde, essa atitude seria inaceitável porque os políticos não deveriam se beneficiar de vôos financiados por empresas privadas.

Segundo Moreira,o jornal publicou que Marcos Maia viajou em avião da Unimed para participar de eventos partidários do PT no interior do Rio Grande do Sul. A notícia diz que o presidente da Câmara, ao ser procurado por O Estado, admitiu que o vôo não foi pago, mas avisou que bancaria com o próprio salário a viagem.

Augustinho Moreira informou ainda que, em um primeiro momento, Maia garantiu ter sido a primeira vez que utilizou vôo particular. Porém, horas depois mudou a versão e explicou que também viajara em 4 de julho, para Goiânia, para assistir a um jogo da Seleção Brasileira e, de lá, seguiu na mesma aeronave para Rio Grande do Sul.

“Se o presidente da Câmara se compromete com empresas particulares, imagino que haverá a geração de leis para beneficiar os grupos econômicos, em detrimento da população”, disse o deputado, considerando que houve um claro comprometimento do presidente da Câmara Federal com o grupo Unimed. “O reflexo a gente vê. Na Unimed, se paga caríssimo e se tem um péssimo serviço, porque os grupos políticos estão comprometidos com os econômicos, e o povo fica à margem e prejudicado pelas decisões adotadas pelo poderes constituídos”, criticou.

Essa proximidade entre o poder econômico e o político está gerando uma discussão sobre o financiamento das campanhas partidárias, disse Augustinho. Em sua opinião, os políticos que são beneficiados por grupos econômicos ao assumir o poder passam a favorecer os seus financiadores, enquanto o restante da população, que votou no candidato eleito, fica totalmente à margem das decisões.

“Para se reduzir a corrupção, precisamos modificar algumas coisas. Só assim veremos mais seriedade no trato com a coisa pública”, frisou o deputado, salientando que um dos malefícios da democracia seria o princípio da reeleição. Na sua concepção, é uma disputa desigual quando há de um lado um governante financiado por diversos grupos econômicos com negócios com o governo e de outro alguém unicamente comprometido com a moralidade e com a população.

Augustinho Moreira também defendeu uma imediata reforma na lei das licitações, que, segundo ele, permite que os gestores apenas simulem uma concorrência, beneficiando diretamente um grupo econômico que tenha prestado algum favor a qualquer que seja a auridade.

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